Estenose Laríngea em Crianças

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Estenose Laríngea em Crianças

A estenose laríngea é definida como um estreitamento cicatricial parcial ou completo da endolaringe, podendo ser congênito ou adquirido. Sua incidência tem aumentado nas últimas duas décadas, principalmente em decorrência da maior utilização da intubação orotraqueal (IOT) em unidades de terapia intensiva neonatais e pediátricas

A intubação orotraqueal é a principal causa das estenoses laríngeas em pediatria. As crianças nos dois primeiros anos de vida, com múltiplas IOT e com intubação por períodos prolongados são as de maior risco para o desenvolvimento das estenoses subglóticas. Os tratamentos devem ser individualizados, pois são muitas as opções terapêuticas, entretanto nas estenoses adquiridas, a traqueotomia e a laringotraqueoplastia foram os procedimentos mais utilizados em nosso serviço

As causas adquiridas podem ser divididas em traumas externos e internos. Dentre os primeiros, podemos citar os traumas cervicais em acidentes automobilísticos, as lesões de ciclistas pela colisão com fios de pipa, agressões com objetos corto-contusos ou penetrantes e lesões por sufocação ou enforcamento. As estenoses causadas por trauma endolaríngeo são principalmente aquelas associadas com IOT prolongada, além de lesões decorrentes do uso das sondas nasogástricas e queimaduras físicas ou químicas. Causas infecciosas como a tuberculose, sífilis, hanseníase, micoses profundas e difteria são raras em nossos dias. Doenças inflamatórias crônicas como sarcoidose, lupus eritematoso sistêmico, doença de Behçet, granulomatose de Wegener, policondrite recidivante, além de pênfigo, amiloidose e epidermólise bolhosa também têm sido associadas com as estenoses laríngeas .

Embora as estenoses laríngeas sejam entidades com baixa incidência e encontrada mais em hospitais com nível terciário de atendimento, apresentam dificuldades diagnósticas e terapêuticas, com índices variáveis de sucesso pós-operatórias. Os principais objetivos do tratamento cirúrgico são a manutenção da via aérea pérvea, voz aceitável e laringe competente que evite aspirações.

REFERÊNCIA:

Departamento de. Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Serviço Prof. Aroldo Miniti). Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 255 – 6° andar – sala 6002; São Paulo – SP Brasil – CEP 03020-000 – FAX: 55-11-280-0299

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